Com uma trajetória sólida em gestão empresarial, automação e inteligência artificial, a atuação integra processos, pessoas e sistemas de ERP/CRM. A experiência acumulada evidencia um ponto em comum. A maior parte das empresas ainda não utiliza plenamente seus sistemas de gestão. Elas perdem eficiência, clareza e insights estratégicos.
Mesmo após décadas de evolução tecnológica, ainda existe uma lacuna evidente: um buraco entre a empresa e o ERP. Esse espaço se forma porque, muitas vezes, o software é implantado sem um propósito estratégico definido. Outra razão é a falta, dentro da organização, de alguém que compreenda as rotinas do negócio. Também falta alguém que saiba a forma correta de alimentá-las no sistema. O resultado é um ERP subutilizado. Os relatórios são imprecisos. A gestão continua baseada em percepções, e não em dados confiáveis.
Mas afinal, por que isso acontece? E, principalmente, como resolver esse problema para que o ERP se torne um verdadeiro aliado estratégico?
O papel do ERP na gestão: promessa x realidade
O ERP nasce com a missão de ser o grande integrador da gestão, unindo informações de diferentes áreas:
- Financeiro
- Estoque e logística
- Compras
- Vendas e comercial
- Produção
- Recursos Humanos
Na teoria, esse modelo garante visão única e integrada, relatórios rápidos e indicadores confiáveis.
Na prática, porém, muitos ERPs se reduzem a um sistema de registro usado apenas para obrigações fiscais ou controles básicos.
Isso ocorre por alguns motivos recorrentes:
- Implantação sem propósito: a empresa adota o ERP porque “precisa ter”, não porque sabe o que quer alcançar.
- Pouca aderência ao negócio: os processos precisam se moldar ao software, em vez de o software refletir a realidade.
- Capacitação insuficiente: usuários não dominam o sistema, gerando dados incompletos ou incorretos.
- Relatórios irrelevantes: a gestão recebe informações que não apoiam decisões de curto ou longo prazo.
Quando o ERP é tratado dessa forma, deixa de ser estratégico e se transforma em mais uma camada de burocracia.
A ausência do elo humano
O que muitas empresas não percebem é que sistemas não funcionam sozinhos. O que falta, na maioria das vezes, é o elo humano: a pessoa ou equipe que conecta processos à tecnologia.
Sem essa ponte, surgem falhas como:
- Pedidos lançados no comercial sem integração com estoque.
- Contas a pagar e receber sem vinculação ao pedido original.
- Baixas manuais de estoque, gerando divergências.
- RH registrando dados em planilhas paralelas sem integração à folha.
O ERP pode até ser alimentado, mas os relatórios não refletem a realidade.
É nesse ponto que o papel de profissionais ou consultores se torna indispensável. Eles devem entender tanto da rotina de gestão quanto da lógica do sistema.
A complexidade dos processos e dos sistemas
Outro desafio é a complexidade inerente tanto das empresas quanto dos ERPs.
Complexidade empresarial
- Cada área tem suas próprias métricas e indicadores.
- Setores trabalham de forma isolada, sem comunicação fluida.
- Processos exigem acompanhamento constante para evitar falhas.
Complexidade dos sistemas
- Interfaces pouco amigáveis aumentam a curva de aprendizado.
- Módulos em excesso sobrecarregam a operação.
- Relatórios padrão raramente atendem ao que a gestão precisa.
Onde a tecnologia ajuda
Com automações e inteligência artificial, já é possível reduzir muito dessa sobrecarga:
- Dashboards integrados eliminam retrabalho.
- Conciliações automáticas reduzem erros manuais.
- IA pode prever demandas, riscos de inadimplência e até rupturas de estoque.
Ainda assim, é preciso frisar: a inteligência artificial não é a solução em si, mas o meio.
Ela deve ser vista como uma ferramenta de apoio. O protagonismo continua sendo da gestão, que precisa interpretar e direcionar o uso correto desses recursos.
A visão comercial como diferencial
Grande parte das empresas enxerga o ERP apenas como ferramenta administrativa. Porém, o grande ganho surge quando o ERP é integrado ao comercial e ao CRM.
Isso dá visibilidade em duas dimensões:
- Curto prazo: acompanhamento de pipeline, metas, conversões e margens.
- Longo prazo: expansão da base de clientes, planejamento estratégico, retenção e fidelização.
Quando ERP e CRM se conectam, o gestor passa a enxergar não apenas o passado, mas também o futuro. A gestão deixa de ser reativa e se torna proativa e estratégica.
Exemplos práticos de falhas comuns
Alguns erros típicos que reforçam o “buraco” entre empresa e ERP:
- Uso de planilhas paralelas para controlar dados que deveriam estar no sistema.
- Relatórios divergentes entre áreas, gerando conflitos.
- ERP alimentado apenas para emitir notas fiscais.
- Falta de treinamento, resultando em dados incompletos ou inconsistentes.
Esses problemas não estão no software em si, mas na forma como é implementado e utilizado.
Caminhos para preencher a lacuna
- Treinamento e cultura de dados
Capacitar equipes para enxergar o ERP como aliado estratégico, não como obrigação. - Automação inteligente
Reduzir tarefas repetitivas e deixar os colaboradores focarem em análises de maior valor. - Customização orientada
Adaptar módulos e relatórios à realidade da empresa, e não o contrário. - Integração ERP + CRM + IA
Unir dados financeiros, operacionais e comerciais em dashboards inteligentes, usando IA para prever cenários. - Gestor como ponte
Garantir que exista alguém que conheça profundamente o negócio e saiba traduzir isso para dentro do sistema.
Impactos por setor
- Financeiro: relatórios confiáveis de fluxo de caixa, contas a pagar/receber, DRE gerencial.
- Estoque: controle de giro, redução de perdas e visão em tempo real.
- Comercial: clareza sobre metas, margens e disponibilidade de produtos.
- RH: integração folha-benefícios, evitando retrabalhos.
- Supply Chain: rastreabilidade do fornecedor ao cliente final.
Estudo de Caso: Grupo Autoridade e a parceria com a Peon Sistemas
Fundado em 2006, o Grupo Autoridade é referência no mercado de moda masculina, com atuação em diversas regiões do Brasil. Seu diferencial está no modelo de vendas por pronta entrega. Isso garante agilidade no atendimento e contribui para altos níveis de satisfação dos clientes.
Com o crescimento da operação, surgiram também novos desafios:
- Controle de estoques descentralizados, muitas vezes em posse dos representantes.
- Lentidão em processos internos, que comprometia a fluidez da gestão.
- Sistema de vendas instável, impactando o relacionamento com clientes.
- Necessidade de simplificar e tornar mais confiável a gestão financeira.
Diante desse cenário, em agosto de 2024 a empresa implementou o sistema Elite da Peon Sistemas. Esta implementação trouxe uma solução mais leve, prática e personalizada para a realidade da empresa.
Soluções aplicadas
- Centralização e automação de processos: eliminando redundâncias e acelerando fluxos internos.
- Gestão de estoques mais eficiente: integrando unidades e representantes para reduzir erros e ampliar a confiabilidade das informações.
- Gestão financeira simplificada: processos financeiros integrados e mais claros para gestores e equipe.
- Customizações específicas: ajustes pontuais que alinharam o sistema às necessidades particulares da indústria de moda masculina.
Resultados alcançados
- Agilidade nos processos: informações em tempo real, permitindo decisões mais rápidas e assertivas.
- Melhor controle de estoques: ganhos de eficiência nas vendas por pronta entrega, com menos erros e mais integração.
- Sistema mais estável e confiável: vendas e operações passaram a rodar de forma segura.
- Inovação com leveza: pequenas melhorias implementadas como diferenciais estratégicos, trazendo benefícios tanto para a gestão quanto para os representantes comerciais.
A parceria entre Grupo Autoridade e Peon Sistemas segue em evolução. O objetivo é buscar continuamente novas inovações e ajustes. Esses ajustes devem fortalecer ainda mais a eficiência operacional. Devemos manter o DNA de qualidade e inovação da marca.Eial.
Tendências futuras
O futuro do ERP aponta para:
- Dashboards preditivos com apoio da IA.
- Integrações em nuvem acessíveis a empresas de todos os portes.
- Assistentes virtuais dentro do ERP para agilizar consultas.
- Compliance automatizado, garantindo segurança regulatória.
Essas tendências não substituem o gestor, mas ampliam sua capacidade de decisão.
Gestão inteligente com tecnologia como aliada
O ERP deve ser visto como parceiro estratégico.
Com automação, CRM e IA, é possível reduzir gargalos, aumentar velocidade e dar previsibilidade.
Mas é importante reforçar: a inteligência artificial não é a solução, é o meio. O protagonismo é humano da gestão que sabe interpretar e aplicar.
Transformando o ERP em parceiro estratégico
Empresas que tratam o ERP apenas como ferramenta burocrática estão perdendo eficiência e competitividade. Já aquelas que conseguem alinhar pessoas, processos e sistemas colhem resultados claros. Elas obtêm gestão mais ágil. Também têm dados confiáveis. E possuem visão de futuro.
O desafio é real, mas o caminho também: é transformar o ERP em parte do DNA da empresa. A tecnologia é uma aliada e a gestão está no comando.
Se a sua empresa também sente esse “buraco” entre gestão e ERP, existem formas práticas de preencher essa lacuna. Eu atuo como Gestor AIA (Automação e Inteligência Artificial) e especialista em ERP, CRM e Transformação Digital. Ajudo empresas a tornarem seus sistemas de gestão verdadeiros aliados estratégicos. Uno relatórios, automação e inteligência para gerar resultados reais.
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ERP, automação e inteligência artificial são apenas o começo. A verdadeira transformação acontece todos os dias dentro das empresas. Isso ocorre quando pessoas, processos e tecnologia se alinham em um mesmo objetivo.
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